Anunciação, afresco - Djanira
Djanira da Mota e Silva (1914-1979) foi uma pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa brasileira. Considerada uma das mais importantes artistas brasileiras do século 20, é sem dúvida a mais autentica brasileira de nossas pintoras. Interpretou de maneira singela e poética a paisagem nacional e os habitantes e costumes do país.
Aranha, bronze - Louise Bourgeois
Louise Bourgeois participou de diferentes correntes artísticas, primeiro nos Estados Unidos, sob a influência do surrealismo, e a partir dos anos 1960 da escultura em metal, realizando grandes instalações para tratar de sexualidade, família e sociedade.
Suas representações da maternidade sob a forma de aranhas são algumas de suas obras características, tanto que uma de suas peças mais conhecidas é a aranha gigante localizada no MAM, dentro do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Bodybuilders, serigrafias - Alex Flemming
No começo dos anos 1990, realizou algumas séries de pinturas com caráter autobiográfico, que tinham como suporte suas próprias roupas. Posteriormente, passou a recolher e pintar cadeiras, poltronas e sofás usados, nos quais posteriormente aplicava letras, que formavam textos retirados de notícias de jornais, deslocando assim a relação preestabelecida com esses objetos. Já em Body Builders (2001/2002), fotografou corpos jovens e esbeltos para em seguida desenhar, sobre essas imagens, mapas de áreas de conflitos e de guerras, como, por exemplo, aquelas do Oriente Médio ou da região de Chiapas, no México.
"INSERÇÕES EM CIRCUITOS IDEOLÓGICOS, PROJETO COCA-COLA"-CILDO MEIRELES
Chama-se Cildo Meireles, nasceu no Rio de Janeiro, em 1948, e é um dos mais importantes artistas brasileiros, a par de Ernesto Neto. Em 1970, inaugurou a série "Inserções em Circuitos Ideológicos" que consistia na (re)utilização de objetos modificando a sua estrutura, subvertendo a sua ideologia e lançando-os novamente no mercado. A ideia é simples e remete-nos facilmente para o o conceito de "ready-made" explorado por Duchamp no princípio do século XX. No caso "Coca-Cola", Cildo Meireles pega numa série de garrafas daquela bebida e inscreve a frase "Yankees Go Home". Inevitavelmente, a mensagem anti-imperialista vai de encontro à imagem daquele produto, enquanto símbolo máximo do imperialismo norte-americano. Nesta obra, a consciência opõe-se à anestesia, sendo que a primeira é uma função da arte e a segunda é, naturalmente, uma função da indústria - arte vs. indústria. Simples. "Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca-Cola" estabelece, no fundo, uma oposição mordaz ao circuito industrial, demasiado amplo e alienado.