Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obras do PAS - Parte II

Anunciação, afresco - Djanira


Djanira da Mota e Silva (1914-1979) foi uma pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa brasileira. Considerada uma das mais importantes artistas brasileiras do século 20, é sem dúvida a mais autentica brasileira de nossas pintoras. Interpretou de maneira singela e poética a paisagem nacional e os habitantes e costumes do país.

Aranha, bronze - Louise Bourgeois



Louise Bourgeois participou de diferentes correntes artísticas, primeiro nos Estados Unidos, sob a influência do surrealismo, e a partir dos anos 1960 da escultura em metal, realizando grandes instalações para tratar de sexualidade, família e sociedade.
Suas representações da maternidade sob a forma de aranhas são algumas de suas obras características, tanto que uma de suas peças mais conhecidas é a aranha gigante localizada no MAM, dentro do Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Bodybuilders, serigrafias - Alex Flemming




No começo dos anos 1990, realizou algumas séries de pinturas com caráter autobiográfico, que tinham como suporte suas próprias roupas. Posteriormente, passou a recolher e pintar cadeiras, poltronas e sofás usados, nos quais posteriormente aplicava letras, que formavam textos retirados de notícias de jornais, deslocando assim a relação preestabelecida com esses objetos. Já em Body Builders (2001/2002), fotografou corpos jovens e esbeltos para em seguida desenhar, sobre essas imagens, mapas de áreas de conflitos e de guerras, como, por exemplo, aquelas do Oriente Médio ou da região de Chiapas, no México.

  "INSERÇÕES EM CIRCUITOS IDEOLÓGICOS, PROJETO COCA-COLA"-CILDO MEIRELES


Chama-se Cildo Meireles, nasceu no Rio de Janeiro, em 1948, e é um dos mais importantes artistas brasileiros, a par de Ernesto Neto. Em 1970, inaugurou a série "Inserções em Circuitos Ideológicos" que consistia na (re)utilização de objetos  modificando a sua estrutura, subvertendo a sua ideologia e lançando-os novamente no mercado. A ideia é simples e remete-nos facilmente para o o conceito de "ready-made" explorado por Duchamp no princípio do século XX. No caso "Coca-Cola", Cildo Meireles pega numa série de garrafas daquela bebida e inscreve a frase "Yankees Go Home". Inevitavelmente, a mensagem anti-imperialista vai de encontro à imagem daquele produto, enquanto símbolo máximo do imperialismo norte-americano. Nesta obra, a consciência opõe-se à anestesia, sendo que a primeira é uma função da arte e a segunda é, naturalmente, uma função da indústria - arte vs. indústria. Simples.  "Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca-Cola" estabelece, no fundo, uma oposição mordaz ao circuito industrial, demasiado amplo e alienado.


Obras do PAS e conteúdo para avaliação

Lips, óleo sobre tela, 2001 - Jeff Koons


Jeff Koons chegou à fama em meados dos anos 1980, como parte de uma geração de artistas que exploram o significado da arte em uma época saturada de mídia e crise de representação. Com a intenção declarada de "se comunicar com as massas", Koons pinta /desenha / esculpe a partir da linguagem visual da publicidade, marketing e indústria do entretenimento. Compactados em primeiro plano, seus temas são propositalmente planos e opacos, negando qualquer crítica social específico ou implicações psicológicas. Em vez disso, seu imaginário enfatiza completa e total auto-gratificação.

http://www.jeffkoons.com/


O pescador, óleo sobre tela, 1925 -Tarsila do Amaral


Este quadro tem um colorido marcante e trata de um tema do cotidiano tradicional brasileiro: um pescador num lago em meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Por apresentar uma figura que se afasta do meio urbano, apresenta referências etnocêntricas. O etnocentrismo trata-se de uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. É um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades.

Este quadro foi exposto em Moscou, na Rússia em 1931 e foi comprado pelo governo russo.

Características da obra:

- Uso de cores vivas
- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)
- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil
- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica)




Autorretrato com animais, óleo sobre tela - Frida Kahlo



Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma das personagens mais marcantes da história do México. Patriota declarada, comunista e revolucionária Frida Kahlo, como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século.
Frida sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às tradições mexicanas. Fato que ela sempre fazia questão de demonstrar em sua maneira de se vestir e em seu trabalho ao incluir elementos da cultura popular. 
Em sua autobiografia publicada em 1953, Frida deixou registradas suas dores e sobretudo suas frustrações pela infidelidade do marido, por quem era extremamente apaixonada, e pela impossibilidade de ter filhos. Toda sua obra, constituída majoritariamente por autorretratos reflete essa condição.


Autorretrato, óleo sobre tela, 1965 - Lucien Freud




Nascido em Berlim em 8 de Dezembro de 1922, Lucien Freud, neto de Sigmund Freud, foi para Inglaterra, juntamente com a sua família, em 1931, tornando-se cidadão inglês em 1939. Desde muito jovem teve uma tendência enorme para o desenho. Tornou-se artista a tempo inteiro e como profissional depois de ficar inválido num ataque a um navio da Marinha Mercante onde trabalhava. Retratos e nus são a sua especialidade, vistos muitas vezes como chocantes. As suas primeiras obras eram meticulosamente pintadas. Ele próprio as classificava como "realistas ou Superrealistas. Mais tarde, adaptou uma atitude mais visceral. Freud começou a esculpir com a tinta. O sua obra tem sido alvo de numerosas retrospectivas por todo o mundo. 

      Autorretrato, óleo sobre cartão, 1912 - Egon Schiele




Arrojado e boémio, Egon Schiele (1890-1918) é uma figura de destaque do expressionismo alemão. Os seus desenhos expressam o erotismo através de figuras grotescas e linhas agressivas: prostitutas e trabalhadoras da classe baixa eram os seus modelos preferidos e causaram polemica na sociedade vienense de início do século XX.
Também os seus auto-retratos expressam a forma como encarava a realidade. De olhos cavados, testa alta e com um corpo esquelético, Schiele mostra-se repulsivo para a posterioridade, quando aos seus contemporâneos se mostrava atraente e de aspecto elegante.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Segunda metade do século XX - PARTE III


Op Art
- Os artistas envolvidos com essa vertente realizam pesquisas que privilegiam efeitos óticos, em função de um método ancorado na interação entre ilusão e superfície plana, de visão e compreensão. Dialogando diretamente com o mundo da indústria e da mídia (publicidade, moda, design, cinema e televisão), os trabalhos da op art enfatizam a percepção a partir do movimento do olho sobre a superfície da tela.
- Nas composições - em geral, abstratas - linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo, a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.

VICTOR VASARELY







Segunda metade do século XX - PARTE II


Minimalismo
-          minimal art enfatiza formas elementares, em geral de corte geométrico, que recusam acentos ilusionistas e metafóricos.
-          Sua verdade está na realidade física com que se expõe aos olhos do observador - cujo ponto de vista é fundamental para a apreensão da obra -, despida de efeitos decorativos e/ou expressivos. 
-          Os trabalhos de arte, nessa concepção, são simplesmente objetos materiais e não veículos portadores de ideias ou emoções. Um vocabulário construído de ideias como despojamento, simplicidade e neutralidade, manejados com o auxílio de materiais industriais - vidro, aço, acrílico, etc - é o núcleo do programa da minimal art.

DAN FLAVIN






DONALD JUDD








ROBERT MORRIS













Segunda metade do século XX - PARTE I


Meados dos anos 60
Expressionismo Abstrato

-          Os Estados Unidos surgem como nova potência mundial e centro artístico emergente, beneficiado, em larga medida, pela emigração de intelectuais e artistas europeus
-           "pintura de ação" [action painting]
-          A nova atitude, física inclusive, do artista diante da obra subverte a imagem do pintor contemplativo e mesmo a do técnico ou desenhista industrial que realiza o trabalho de acordo com um projeto prévio.
-          A obra de arte, fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, nasce da liberdade de improvisação, do gesto espontâneo, da expressão de uma personalidade individual. 

JACKSON POLLOCK



 Número 32




 Número 8













segunda-feira, 14 de maio de 2012

Semana de Arte Moderna

Inserida nas festividades em comemoração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX. Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, realiza-se no Theatro Municipal de São Paulo um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões lítero-musicais noturnas. Entre os pintores participam Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira, com dois trabalhos feitos a quatro mãos, e o carioca Alberto Martins Ribeiro, cujo trabalho não se desenvolveu depois da Semana de 22. No campo da escultura, estão Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Velloso. A arquitetura é representada por Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel. Entre os literatos e poetas, tomam parte Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade (1893 - 1945), Menotti del Picchia, Oswald de Andrade, Renato de Almeida, Ronald de Carvalho, Tácito de Almeida, além de Manuel Bandeira com a leitura do poema Os Sapos. A programação musical traz composições de Villa-Lobos e Debussy, interpretadas por Guiomar Novaes e Hernani Braga, entre outros.

O objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.

A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem contudo perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar.

Influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas.
Anita Malfatti
                                 (pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira)

1° fase: define sua forma expressionista de pintar.
2° fase: surgem as dúvidas de que caminho seguir na arte.
3° fase: recolhida na sua chácara em Diadema, iria finalmente, em paz consigo mesma “pintar à vontade", " ao seu modo“ . Também na terceira fase perde um dos seus grandes afetos, que muito a influenciou: Mário de Andrade.
 A estudante 

 Modelo

 A estudante russa

 O homem amarelo

 A boba

Retrato de Mário de Andrade

Di Cavalcanti

 Baile popular
 Mulatas
Cartaz de divulgação da Semana de Arte Moderna


Vicente do Rego Monteiro

O atirador de flechas

Os transeuntes