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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

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Cubismo

       Movimento artístico cuja origem remonta à Paris e a 1907, ano do célebre quadro de Pablo Picasso, Les Demoiselles d'Avignon. Considerado um divisor de águas na história da arte ocidental, o cubismo recusa a ideia de arte como imitação da natureza, afastando noções como perspectiva e modelagem, assim como qualquer tipo de efeito ilusório. "Não se imita aquilo que se quer criar", diz Georges Braque, outro expoente do movimento.  O cubismo se divide em duas grandes fases. 

     
Cubismo analítico

Até 1912, no chamado cubismo analítico, observa-se uma preocupação predominante com as pesquisas estruturais, por meio da decomposição dos objetos e do estilhaçamento dos planos, e forte tendência ao monocromatismo.

Acordeonista, 1911, Pablo Picasso

Garota com bandolim, 1910, Pablo Picasso


Peixes, 1909, Georges Braque.

Cubismo sintético      

      Entre 1912 e 1913, as cores se acentuam e a ênfase dos experimentos é colocada sobre a recomposição dos objetos. No momento do cubismo sintético, elementos heterogêneos - recortes de jornais, pedaços madeira, cartas de baralho, caracteres tipográficos, entre outros - são agregados à superfície das telas, dando origem às famosas colagens, amplamente utilizadas a partir de então.


Fauvismo

Fauvismo

          Ao contrário de outras vanguardas que povoam a cena europeia entre fins do século XIX e a 1ª Guerra Mundial, o fauvismo não é uma escola com teorias, manifestos ou programa definido. Para boa parte dos artistas que adere ao novo estilo expressivo - com forte presença na França entre 1905 e 1907 -, o fauvismo representa sobretudo uma fase em suas obras. Falar em vida curta e em organização informal de pintores em torno de questões semelhantes, não significa minimizar as inovações trazidas à luz pelos fauves('feras'). O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem como eixo comum a exploração das amplas possibilidades colocadas pela utilização da cor.

Características fauvistas

  • A liberdade com que usam tons puros, nunca mesclados, manipulando-os arbitrariamente;
  • Longe de preocupações com verossimilhança, dá origem a superfícies planas, sem claros-escuros ilusionistas;
  • As pincelas nítidas constroem espaços que são, antes de mais nada, zonas lisas, iluminadas pelos vermelhos, azuis e alaranjados.
Henri Matisse

A dança, 1910.

"para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o mesmo vale para o verde da terra, para o vermelhão vibrante dos corpos".

Nu azul, 1907.

Movimentos do século XX

Expressionismo

Denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva.

Características Expressionistas:

   Reflexão individual e subjetiva;
   Intenção é de captar estados mentais, dando forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão e à miséria humana;
  Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Distorção intencional das imagens com o objetivo de obter expressividade;
   Utilizando cores irreais, arbitrárias. 

O grito, 1893.
A maior referência do expressionismo alemão é o pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944)

A ponte (Die Brücke) 1905 – 1913

O nome do grupo, A Ponte, escolhido por Rottluff com base numa passagem de Assim Falou Zaratustra, de Nietzsche, é representativo dos seus objetivos artísticos no campo da pintura. A intenção prática é estabelecer uma passagem (ponte) entre a sua arte contemporânea e a arte do futuro, renegando os cânones existentes na arte alemã clássica e estabelecendo, para isso, um contato íntimo com a natureza e a realidade.Formado por artistas como Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976), Erich Heckel (1883-1970), Emil Nolde (1867-1956), Ernst Barlach (1870-1938).

Características do grupo ‘A ponte’

  • O que é representado na tela é o resultado da emoção do observador/pintor, o objeto observado altera-se consoante os seus sentimentos.
  • Em primeiro plano passa a estar o como e não a coisa representada.
  • Busca o inalterado, o não falsificado, a alma das coisas, o que não se vê, mas sente-se.
Ernst Ludwig Kirchner

Cartaz da primeira exposição do grupo, 1910.
Cinco mulheres na rua, 1913.

Emil Nolde
Lago Lucerne, 1930.

Cruxificação, 1912.


O cavaleiro azul
    O expressionismo conhece desdobramentos em outros grupos na Alemanha, como o Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], de Franz Marc (1880-1916) e Wassily Kandinsky (1866-1944), criado em 1911, e considerado um dos pontos altos do movimento. Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a voga expressionista reverbera na produção dos artistas reunidos em torno da neue sachlichkeit [nova objetividade], Otto Dix (1891-1969) e George Grosz (1893-1959), por exemplo. Perseguido pelos nazistas em 1933 como "arte degenerada", o expressionismo é retomado após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), num contexto de crítica ao facismo e de tematização dos horrores da guerra, cujo exemplo maior é Guernica, de Pablo Picasso (1881-1973).


Franz Marc


Cavalos azul e vermelho, 1912


 Cavalo Azul, 1911.


Wassily Kandinsky


Linha transversal, 1923.


Amarelo, vermelho e azul, 1925.